Cannes 2007
Enviada especial ao mais glamouroso festival de cinema comenta o saldo de Cannes
My Blueberry Nights: A incursão de Wong Kar Wai, meu diretor chinês favorito, e o único que eu sempre lembro como se escreve, não decepciona. Perde-se um pouco da atmosfera latino-chinesa (isso mesmo) de 2046, e especialmente de Amor à Flor da Pele, mas o estilo do cineasta é inconfundível. Norah Jones não faz feio na estréia no cinema e se dá bem pegando o Jude Law.
Zodiac: David Fincher faz um filme quase tão intrigante quanto Clube da Luta. Pena que não tem o brilho de Edward Norton. Mas Mark Ruffalo não decepciona.
4 meses, 3 semanas e 2 dias: O filme pode ter abocanhado a palma de ouro, mas não mereceu. O apático elenco não convence numa trama tendenciosa. O público brasileiro não deve esperar muito. Mas que espere sentando, porque um filme romeno – cúmulo do cult –, deve chegar aqui depois que a palma de ouro de 2008 seja entregue.
Les Chansons d’Amour: A enviada especial preferiu participar da entrevista coletiva com os rapazes de Ocean’s Thirteen.
No Country for Old Man: O novo filme dos irmãos Coen não é lá essas coisas, mas a enviada recomenda, porque pelo nível das estréias de ultimamente, qualquer filme mais ou menos já se destaca.
Paranoid Park: Gus Van Sant é um chato tentando dobradinha em Cannes. A enviada nunca vai esquecer o fato de Elefante ter roubado a palma de ouro de Dogville.
Le Scaphandre et Le Papillon: O protagonista é um jornalista que escreve um livro só com o piscar de olhos, dado o alto grau de deficiência. Esse cara era brasileiro e não sabia. É baseado numa história real. Vale pelo retrato bem talhado.
Grindhouse: Infelizmente, a enviada não pode comentar o novo filme do Tarantino, pois dormiu durante a exibição.
Do Outro Lado: O segundo filme da trilogia iniciada com Contra a Parede (o filme favorito da enviada), do turco-alemão Faith Akin merecia a palma de ouro. O prêmio de roteiro foi pouco. Akin é um excelente diretor que, se não se vender, como nosso amigo Kar Wai, vai longe.
O novo Kusturica não chegou nem perto de alcançar a terceira palma de ouro. Persepolis é uma animação bacana, como aquela das bicicletas, também francesa, cujo nome eu esqueci. Minha única base de comparação, porque eu só vi uma animação francesa. O filme das japinhas é legal. Une Vieille Maitrasse, com Asia Argento falando de silicone nos peitos no século XIX vai ser cult daqui a uns 10 anos. Incompreensível nos dias atuais.
Andressa Back, especial para o mega portal alternativo Os Canastras.
*Antes que os leitores perguntem: não vi a Jolie.
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