quarta-feira, outubro 29, 2008

O valor do ingresso no Ceará Music é proporcional ao péssimo serviço prestado


É isso mesmo: pague o ingresso mais caro do evento e perceba o quanto despreparadas são as pessoas que o organizam. A promessa foi: comida liberada, bebida (você escolhia entre cerveja, wishy ou vodka) e seus ídolos bem perto de você. As bandas estavam lá mas o básico deixou bastante a desejar.Quem paga 120,00, D&E (enquanto o ingresso normal é em média 40,00), quer no MÍNIMO comodidade. Infelizmente, não foi isso que aconteceu.
As pessoas do camarote pegavam fila (de trinta minutos) para entrar no Marina enquanto as pessoas de ingresso normal não pegavam.A comida acabou meia noite, faltou cerveja, as pessoas caiam porque não havia sinalização nas escadas etc. Pensei estar em algum show de graça patrocinado pela prefeitura (sem querer menosprezar os eventos da prefeita).E, para fechar com chave de ouro ainda fui barrada na saída pelo segurança como se estivesse roubando por estar levando as cervejas que haviam restado da noite. O segurança, por sinal totalmente despreparado, mencionou que o consumo deveria ser realizado no local (mas como? lembram que faltou cerveja? onde consta no ingresso essa informação?) e ordenou que todas as saídas fossem fechadas, pois eu não sairia dali com as cervejas. Logo eu, que paguei o ingresso mais caro, fui tratada como ladra por querer levar as cervejas que já estavam pagas.
Alguém já disse: as pessoas morrem, mas as músicas ficam. Vou retificar: nem as músicas escapam quando se é totalmente desrespeitado como ser humano (será que a produção já ouviu falar em danos morais?). Pois, o que ficou do evento não foram os shows, mas a palhaçada que relatei. Bandas tão boas não mereciam ter participado de um evento como esse, pois é inadmissível que minhas bandas favoritas tenham seu brilho ofuscado por algo assim.
Muitos dos nossos direitos não são respeitados, até mesmo o direito à liberdade. Contanto, ainda não me foi tirado a opção de poder escolher ou não consumir um produto. Fui ao Ceará Music em todas as edições (pelo segundo ano fui para o Front Stage Burn) e opto, a partir de hoje, por não ir mais. Desculpem-me meus ídolos, mas enquanto a produção do Ceará Music achar que somos PALHAÇOS por sermos um público jovem irei assisti-los em shows individuais e sugiro a todos que me conhecem a fazer o mesmo, a não ser que você goste de pagar para ser humilhado.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Sobre estrelas, milhões e o meu anonimato saudável.

O cinema em seu principio era algo amador. Os filmes eram feitos por diretores oriundos do teatro ou por homens com pouco afinco com qualquer tipo de arte. O status e importância da figura do cineasta em um set é algo que só surgiria tempos depois. Os atores, por sua vez, vinham de teatros amadores, circos ou eram selecionados na rua de acordo com seus tipos físicos. Não era necessário memorizar páginas infindáveis de textos, tampouco era necessária uma interpretação arrebatadora. O importante era a atração em si. E foi assim, meio anárquico, meio desajeitado, que o cinema surgiu no início do século.

A brincadeira só começou a ficar séria quando os “homens de negócios” (com o perdão da expressão), tiveram a brilhante idéia de potencializar algo que os seus próprios criadores desacreditavam. Chegava ao fim o cinema como atração popular. Era tempo de criar uma indústria, reposicionar o cinema com arte (burguesa) e principalmente torná-lo lucrativo. Méliès, que morreu pobre e faminto pelas ruelas parisienses, não teve tempo de gozar das notas verdes que surgiriam aos montes nos bolsos de diretores, atores e principalmente produtores a partir da segunda década do século passado.

Depois disso, a história já é conhecida: surgem os imponentes e megalomaníacos cinemas-teatros, a divisão do trabalho cria muitos dos cargos que hoje conhecemos (diretores de arte, roteiristas, produtores etc) e principalmente o chamado starsystem – figuras meio mito, meio humanos que pairavam sobre o imaginário das platéias no mundo todo. Lembrem-se que até metade do século XX o cinema era realmente influente nos costumes, na moda e no estilo de vida não só de americanos.

Aqui estamos no início do século XXI, mais de 100 anos depois das primeiras exibições do cinematógrafo. As estrelas de Hollywood não representam tanto como representavam para a sociedade até meados da década de 50. Porém, continuam com seus salários milionários e alvo das lentes de fotógrafos de celebridades. E tão rápido quanto um clique da câmera de um paparazzo é a velocidade com que atores e atrizes podem ser levados à glória ou para a lama.

Imaginem o que passa na cabeça de um jovem com pouco mais de vinte anos que sai de país para tentar alcançar o estrelato (ou seria apenas trabalhar?) em um país outro. Em pouco tempo conhece pessoas influentes, consegue contratos milionários, vira um símbolo sexual, é indicado ao Oscar, casa-se com uma ex-extrela adolescente e conhece o mundo todo.

Heath Ledger alcançou o sonho americano com uma rapidez impressionante e talvez ele não estivesse preparado para isso. Se para nós os cachês milionários nos parecem absurdos, imaginem o que é viver longe da família, perder todo o contato com seus antigos amigos, ficar cercado por pessoas interessadas exclusivamente no que você simboliza, ser seguido por paparazzos 24h por dia, ter que manter a boa forma, trabalhar 20h diariamente e ainda ser cobrado por jornalistas pelo bom desempenho em suas atuações.

Não é difícil imaginar que sua ex-mulher fosse a sua única companheira, amiga e confidente realmente confiável. Após o fim do casamento, deve ter se visto sozinho, emocionalmente abalado e mesmo assim obrigado a cumprir todos os seus compromissos de estrela.

Claro que são apenas suposições. Porém, penso que um coquetel emocional dessa natureza não poderia ter um final feliz. Penso que quando vamos ao cinema não reconhecemos os seres humanos que são projetados na tela. São figuras distantes e ao mesmo tempo tão próximas. Podemos saber tudo sobre suas vidas sem nunca vê-las pessoalmente. Podemos saber todos os detalhes da vida intima das estrelas mais do que talvez os próprios familiares saibam.

Antigamente, o lado B dos astros só vinha à tona anos depois, quando algum biógrafo decidia escancarar a intimidade de estrelas que já estavam mortas. Agora não. Não é mais necessária uma investigação profunda e minuciosa. Se alguém cheira cocaína em casa, dias depois lá está um vídeo no youtube. Se alguém trai, lá estão as fotos na Internet horas depois. Será que alguém realmente irá se interessar por uma biografia da Britney Spears? Não, já sabemos de tudo. Vimos tudo.

Sinceramente, não troco minha vidinha pacata, anônima e saudável por Hollywood. Porém, fico aqui pensando: quem se lembrará de um tal José Bruno quando eu morrer? Heath vai ser provavelmente o James Dean da nossa geração, será lembrado por um filme que é uma das maiores histórias de amor que o cinema já contou (um clássico de Ang Lee) e provavelmente fará o melhor vilão de um filme baseado em quadrinhos em todos os tempos. Ok, os milhões parecem realmente tentadores...

terça-feira, janeiro 15, 2008

Melhores e piores de 2007 e, também, uma prévia de 2008

Dos 126 filmes que eu vi, 70 foram no cinema (graças à Mostra, claro).

10 filmes que merecem menções honrosas.

* A Vida dos Outros (Das Leben Der Anderen, 2006, Alemanha, dir.: Florian Henckel Von Donnersmarck): O filme é o queridinho do coração da Andressa, que desbancou O Labirinto do Fauno no Oscar. O filme se passa na Alemanha Oriental, no começo dos anos 80, quando cada passo das pessoas era vigiado pela Stasi (a polícia paranóica). O casal de artistas Christa-Maria e Georg tem permissão para trabalhar. Porém, o agente Gerd Wiesler (fenômeno da espionagem) começa a desconfiar dos dois e propõe que eles passem a ser vigiados. À medida que passa o tempo, Wiesler (que, infelizmente, faleceu recentemente) se envolve na relação do casal, como uma espécie de poder onipotente. Ele sabe tudo o que se passa na vida e no apartamento do casal e se deixa levar por sentimentos que, a princípio, ele parecia não saber o que significavam. É lindo. A platéia do HSBC Belas Artes, durante o meu momento Amélie Poulain (olhando para trás) chorava em peso. O final do filme, na hora do «É para mim» derrete qualquer coração de pedra. Sublime, e ainda por cima cult!

* Do Outro Lado (Auf Der Anderen Seite, 2007, Alemanha/Turquia, dir.: Fatih Akin): Akin é meu diretor querido do coração, de Contra a Parede (o filme da minha monografia). Do Outro Lado é a segunda parte da trilogia: amor, morte, diabo. É um filme sobre a morte, mas não pensem que é mórbido. Sem superar (pelo menos para mim) Contra a Parede, o filme foi altamente elogiado no último Festival de Cannes, onde recebeu prêmio de melhor roteiro (por sinal, muito bem elaborado). O filme é contado em episódios, começando com uma história na Alemanha (com uma morte), seguindo, depois, para a Turquia (com outra morte). Lá pelas tantas as histórias se entrelaçam. Enfim, filme aplaudido no cinema-gracinha da Cinemateca Brasileira. É daqueles filmes que fazem as pessoinhas como eu quererem fazer cinema. Estréia nacional prevista pra última semana de janeiro e eu vou ver de novo!

* 4 meses, 3 semanas e 2 dias (4 luni, 3 saptamani si 2 zile, 2007, França/Romênia, dir.: Cristian Mungiu): não é todo dia que se vê um filme da Romênia, então aproveite a chance de ficar mais cult. Esse filme lotou as sessões na Mostra porque ganhou a Palma de Ouro em Cannes. É sobre um aborto, ou melhor, sobre as complicações de se fazer um aborto de uma gravidez já um tanto avançada, num país onde você tem que mostrar sua identidade para qualquer coisa e onde se compra cigarros clandestinamente. É bem difícil. A sacada é tirar o foco da mulher que quer abortar. A protagonista é a melhor amiga dela, que come o pão que o diabo amassou para ajudar a amiga. Espetacular.

* I’m not there (idem, 2007, EUA, dir.: Todd Haynes): Filme-sensação em Veneza 2007, que rendeu prêmio de melhor atriz à Cate Blanchett no papel de Bob Dylan. Esse filme é fenomenal. Vários atores e Cate (abslolutamente diferentes) encarnam facetas diversas da vida de Dylan. Há o garotinho talentoso, o cantor famoso, o pai carinhoso, mas ausente; enfim, são sete atores que encarnam a tarefa. Em nenhum instante fala-se em Bob Dylan, cada um dos Bob tem um nome diferente e a montagem é toda entrecortada, vai mesclando as diferentes facetas para construir uma cinebiografia para lá de original.

* Antes que o Diabo saiba que Você está morto (Before Devil knows that you are dead, 2007, EUA, dir.: Sidney Lumet): Há inúmeras razões para esperar esse filme chegar aos cinemas brasileiros. A atuação de Philip Seymour Hoffman fazendo um cara ambicioso, drogado e totalmente inescrupuloso é só a primeira delas. O filme apresenta a história de um assalto. Parece simples. Mas não é mesmo. As implicações das ações dos protagonistas, também valendo destaque para Ethan Hawke e Marisa Tomei – que de santos, também não têm nada – levam a conseqüências inimagináveis e extremas. A direção e a montagem são totalmente adequadas ao roteiro.

* Persépolis (Persepolis, 2007, França, dir.: Marjane Satrapi, Vincent Parannaud): A animação da iraniana Marjane sobre a própria vida é encantadora. É muito interessante o tom que é dado uma história triste, trágica e pesada. A leveza se dá desde os traços da animação. Marjane passa por uma guerra, é hostilizada na Europa, sente-se completamente deslocada no mundo, mas tudo com uma leveza cativante. O mundo parece meio lúdico diante dos olhos da sonhadora Marjane, especialmente na infância. E ela constrói um retrato extremamente interessante da condição das mulheres no Irã e, também, de como as mulheres islâmicas vivem na Europa, no caso, na França. Isso nas vozes de Catherine Deneuve e da filha, Chiara Mastroianni. Não foi à toa que encantou a geral no Festival de Cannes.

* Senhores do Crime (Eastern Promises, 2007, Inglaterrra, Canadá, EUA, dir.: David Cronenberg): Anna (Naomi Watts) fica intrigada com a morte prematura de uma jovem parturiente (palavrinha bonita, hein?) russa. A partir do diário da garota, Anna decide investigar a vida dela. Por isso, ela se mete com a máfia (sem saber, claro). Os mafiosos são Vincent Cassel, um cara porra-louca, meio fraco e de sexualidade ambígua. Você passa o filme achando que ele é afim do Viggo Mortensen, o mafioso cabra-macho. Dizem que é melhor que Marcas da Violência. Viggo Mortensen está simplesmente ótimo. O roteiro do filme é bem bacana também. Ah, é o filme da espada do Aragorn, que ele mostra numa cena de luta muito forte e perturbadora, dentro de uma sauna. Engraçado, né, a cena é de luta, mas ele não usa a espada.

* Caótica Ana (Caótica Ana, 2007, Espanha, dir.: Julio Medem): gostou de Lucia e o Sexo? Pois é do mesmo diretor. A crítica internacional não recebeu a Ana tão bem quanto a Lucia, mas achei injusto. A Ana não é boa como a Lucia, mas tem seu valor. Ana é uma jovem artista que vive na paradisíaca Ibiza e que, de repente, vai parar em Madri na casa de uma mecenas, onde ela desenvolve o trabalho como pintora e começa a descobrir as muitas vidas que tem dentro dela (daí o caos). A maneira como as mulheres dentro de Ana vão mostrando sua razão de ser, até culminar numa cena com toques escatológicos (estou morrendo de vontade de contar o que ela faz, mas não devo) é bastante interessante. É intrigante, vertiginoso e, surpreendentemente, político. (Julio Medem sabe dirigir cenas de sexo incrivelmente bem. Quem viu a Lucia sabe.)

* Saneamento Básico, o filme (idem, 2007, Brasil, dir.: Jorge Furtado): O filme é despretensioso e, talvez por isso, absolutamente divertido. Jorge Furtado em ótima forma, com elenco afinado, especialmente a Fernanda Torres. Tinha que entrar algum filme nacional no top 10 e não poderia ser Tropa de Elite.

* Estômago (idem, 2007, Brasil/Itália, dir.: Marcos Jorge): o carismático João Miguel dá vida a Raimundo Nonato, imigrante nordestino sem eira nem beira, que vai parar num botequim de São Paulo. Lá, ele descobre que tem dotes culinários incomuns. Baseado no conto “Presos pelo estômago”, o filme realmente faz jus à frase. Não é uma delícia, aliás, chega a ser escatológico. Mas é interessante a relação de dominância que Nonato (ou Alecrim) consegue estabelecer com as pessoas graças ao talento pra cozinha. O filme se foca no modo como os personagens lidam com a comida. É muito bacana.

Nunca vi tantos romances tocantes e nada piegas como em 2007.

* O Despertar de uma Paixão: O romance do ano. Eu falo desse filme para todo mundo. Se você não for assistir só para ver o Edward Norton dando um show, vá pela Naomi Watts. Ou então pelas locações no interior da China belíssimas. Ou pela trilha sonora magnífica. Ou apenas pelo final de fazer chorar...

* Não Toque no Machado (Ne Touchez pas la Hache, 2007, França/Itália, dir.: Jacques Rivette): aos românticos e românticas e todos aqueles que acreditam no amor e em filmes de romance não açucarados. Rivette é um remanescente da Nouvelle Vague (logo, cult). O filme é baseado num livro de Balzac (logo a história é boa). É triste de doer, mas é absolutamente lindo. Impecável, eu diria. Os atores são excelentes também.

* Um Amor Jovem (The Hottest State, 2006, EUA, dir.: Ethan Hawke): Quem gostou de Antes do Amanhecer e Antes do pôr-do-sol deve ver esse filme. O roteiro também é de Ethan Hawke, que acerta na mão ao contar uma história de amor fofa na medida certa. Ah, tem a participação da Sonia Braga como a mãe de Catalina Sandino Moreno. Filme de menina e de casal apaixonado.

* Across the Universe (idem, 2007, EUA, dir.: Julie Taymour): O musical protagonizado pela mulher do Marilyn Manson é clichê, mas vale pela trilha sonora e pela criatividade da diretora em utilizar as músicas de forma bem criativa. O romance em si é levemente açucarado. Mas creio que, pelo menos quem gosta de Beatles ou quem está apaixonado, vai gostar.

Documentários bacanas.

* Jogo de Cena (idem, 2007, Brasil, dir.: Eduardo Coutinho): Coutinho selecionou 23 mulheres, que contaram suas histórias de vida (as mais variadas) num palco de um teatro. Depois, pediu a atrizes como Marília Pêra, Fernanda Torres e Andréa Beltrão para encenar algumas das histórias. Misturando realidade ficção, o documentário também apresenta as falas das atrizes (como elas mesmas) sobre o ato de representar aquelas histórias de vida. É muito interessante e divertidíssimo.

* De Volta à Normandia (Retour en Normandie, 2007, França, dir.: Nicolas Philibert): é uma pena que esse documentário cult passe despercebido (duvideodó que passe nos cinemas brasileiros). O filme é altamente refinado. É um documentário sobre o filme de René Allio (de 1975), Eu, Pierre Rivière, tendo degolado minha mãe, minha irmã e meu irmão... Filme que, por sinal, é baseado numa história real, estudada por Michel Foucault e que pipocou nos jornais do século XIX. Pois bem, o documentário revisita as locações da Normandia onde vivem os não-atores que deram vida à história de Pierre Riviére, além de fazer uma recapitulação, também, da trajetória do verdadeiro Pierre. É super interessante.

* Screamers (idem, 2006, Inglaterra/ EUA, dir.: Carla Garapedian): A diretora, de origem armênia, mapeia genocídios ocorridos no século XX, após fazer um retrato do massacre dos armênios feito na Turquia, até hoje impune. Só assim para eu descobrir que a banda Sistem of a Down (que aparece várias vezes no filme) é de origem Armênia também. É um filme muito triste, mas extremamente interessante.

Meu muso inspirador.

* Nada de Gael García Bernal. Nem Edward Norton. Louis Garrel é o nome. É o irmão da Eva Green em Os Sonhadores. O sonho de consumo da Valeria Bruni Tedeschi (a cunhada do Sarkozy) em Atrizes, no qual ele está deliciosamente blasé. É o maior garanhão de Em Paris, aliás um filme ótimo. E é o centro das atenções de Canções de Amor, no qual ele faz um lindo rapaz total flex. Ai ai ai. (vale salientar que esses dois últimos filmes eu vi com o Rubens Ewald. Será que o Garrel é o muso dele também?)

Blockbuster do ano: O Ultimato Bourne.

Indicação cult que ninguém vai ver: Vocês, os Vivos. Um filme dinamarquês muito bacana sobre a natureza humana.

Filmes irregulares que merecem ser vistos por algum motivo:

* Lust, Caution: Pela interpretação de Tony Leung e as cenas de sexo.

* Sombras de Goya: Pela Natalie Portman baranga, a interpretação de Javier Bardem e pela seqüência final.

* Paranoid Park: todo mundo gosta e é bem dirigido.

* SOS Saúde: Michael Moore sempre me faz rir.

* Sonhando Acordado: Mesmo sem Charile Kaufman, Michel Gondry é fofo.

* Um Jogo de Vida e Morte: Só para ver as insinuações homoeróticas de Michael Cane para Jude Law.

Eu não falei de Zodiac e de Ratatouille, mas são ótimos filmes.