domingo, junho 18, 2006

Sobre questões complexas que eu não tenho resposta.

>>Eu escuto as músicas da Britney Spears com a mesma empolgação com que escuto Justin Timberlake, entenda isso como quiser. O fato é que a tal princesa do pop nasceu e morreu (?) explorando o seu corpo e isso ela faz como nenhuma outra. Britney deve ter feito um daqueles cursos do Instituto Universal Brasileiro de “Como deixar um homem excitado em 5 segundos”. Mas agora a garota virou uma mulher comum: sem Photoshop e danças sensuais. O problema é que todo mundo quer ver a outra Britney. Daí ela foi a um
programa de TV, chorou, reclamou dos paparazzis, disse que é sim uma boa mãe, apesar de quase ter matado o filho, e que quer paz. Como diria Pierre de Rotterdam, Britney está colhendo o que plantou. Ninguém gosta da Britney cantora, filósofa e defensora dos pobres e oprimidos. Todo mundo quer ver a Britney rebolar e se acariciar, mas isso ela já não pode fazer. Qual a solução? Sei lá! Pergunta pra Madonna...


Britney ontem


Britney hoje


>>Vocês já perceberam como existe um mundo paralelo no rock mundial?Quais são as maiores bandas internacionais que surgiram nessa década? Resposta: Franz Ferdinand, Coldplay, White Stripes e Strokes. Quais delas tocam em rádio e são conhecidas do grande público? Só a banda melosa do Chris Martin. Quais são as bandas novas mais elogiadas pela crítica no Brasil e que tocam em quase todos os festivais?Resposta: Cachorro Grande, Cansei de Ser Sexy e Moptop. Quais delas tocam em rádio? Nenhuma. Daí em pensei: será que o rock não precisa mais da FM? Será que não teremos nesta década nenhum fenômeno de público como o Nirvana e o Oasis na década de 90? Minha aposta: não. As coisas agora são mais efêmeras e restritas. A cada dia surge uma banda nova e outra some. Muita gente vai morrer sem saber quem é Julian Casablancas e Jack White. A Internet transformou o rock em uma bodega. Basta você entrar no My Space e lá estão bandas do mundo todo, loucas para que alguma revista bacana faça um notinha falando das suas músicas. No passado era mais complicado conhecer coisas novas. Hoje é fácil ser fã de uma banda da Ásia, da Europa Oriental ou da Islândia. É o rock globalizado. Globalizado, mas não socializado. Mas qual seria o motivo para que nenhuma das grandes sensações do rock dessa década tenham tido um apelo popular? Sei lá! Pergunta pro Lúcio Ribeiro.

>>Matéria espetacular:

25 anos de Aids - Revista Época.

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